Homens armados atacam Garissa University College, no Quênia, matando pelo menos 148 pessoas e ferindo outras 79.
Em 2 de abril de 2015, uma data que ficou gravada com dor na memória coletiva do Quênia, o Garissa University College, localizado na cidade de Garissa, testemunhou um ataque terrorista brutal. Homens armados invadiram o campus universitário, semeando o terror e resultando na morte de 148 pessoas e deixando 79 ou mais feridos, em um dos incidentes mais sangrentos na história recente do país.
O grupo militante somali Al-Shabaab, uma organização fundamentalista islâmica com laços declarados com a Al-Qaeda, prontamente assumiu a responsabilidade pela atrocidade. Os atiradores, que alegaram pertencer a esta célula extremista, transformaram o campus em um cenário de horror, fazendo reféns mais de 700 estudantes. A crueldade do ataque foi exacerbada pela seletividade dos agressores: muçulmanos foram deliberadamente libertados, enquanto aqueles que se identificavam como cristãos foram impiedosamente executados, sublinhando a natureza sectária e ideológica do massacre.
O cerco e a situação de reféns culminaram no mesmo dia, após horas de tensão e enfrentamento. As forças de segurança quenianas agiram para neutralizar a ameaça, resultando na morte de todos os quatro atacantes. Posteriormente, a investigação levou à prisão de cinco homens suspeitos de envolvimento com o ataque, e uma recompensa significativa foi oferecida pela captura de um suposto mentor e organizador do atentado, destacando o compromisso das autoridades em levar os responsáveis à justiça.
Contexto e Impacto: Uma Ferida Aberta no Quênia
Este ataque chocante não foi um incidente isolado, mas sim parte de um padrão preocupante de violência extremista que assola o Quênia, muitas vezes orquestrada pelo Al-Shabaab em retaliação à presença militar queniana na Somália. A proximidade de Garissa com a fronteira somali torna a região particularmente vulnerável a incursões de grupos militantes.
O massacre de Garissa University College foi o mais mortífero no Quênia desde os atentados às embaixadas dos Estados Unidos em 1998, que tiraram a vida de mais de 200 pessoas em Nairóbi e Dar es Salaam. No contexto dos ataques perpetrados por grupos terroristas no século XXI, o atentado de Garissa é considerado o segundo mais letal na história do Quênia, superando em número de vítimas outros incidentes notórios que abalaram o país, tais como:
- Os ataques de Mombasa em 2002;
- O devastador ataque ao shopping Westgate em Nairóbi em 2013, que resultou em dezenas de mortes e um cerco prolongado;
- Os atentados a ônibus de Nairóbi em 2014;
- Os ataques de Gikomba em 2014;
- Os Ataques de Mpeketoni em 2014;
- E os ataques de Lamu também em 2014.
A magnitude da tragédia em Garissa expôs as vulnerabilidades na segurança do Quênia e provocou um intenso debate sobre as estratégias antiterroristas do país, além de deixar uma profunda cicatriz na na nação, especialmente entre a comunidade estudantil e as famílias das vítimas.
Perguntas Frequentes (FAQs) sobre o Ataque ao Garissa University College
- O que aconteceu no Garissa University College em 2 de abril de 2015?
- Em 2 de abril de 2015, homens armados invadiram o Garissa University College em Garissa, Quênia, fazendo reféns, matando 148 pessoas e ferindo 79 ou mais. O ataque foi marcado pela seleção de vítimas, onde muçulmanos foram libertados e cristãos foram executados.
- Quem foi o responsável pelo ataque?
- O grupo militante somali Al-Shabaab, uma ramificação da Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo ataque. Os atiradores alegaram pertencer a esta organização.
- Por que os cristãos foram especificamente alvejados no ataque?
- Os atacantes do Al-Shabaab deliberadamente separaram os estudantes com base em sua fé, libertando muçulmanos e executando sumariamente aqueles que se identificaram como cristãos. Essa ação reflete a ideologia extremista e sectária do grupo, que frequentemente visa não-muçulmanos em seus atos de terror.
- Quantas pessoas morreram ou ficaram feridas no ataque?
- O ataque resultou na morte de 148 pessoas e deixou 79 ou mais feridos. Todos os quatro atacantes foram mortos pelas forças de segurança no final do cerco.
- Qual foi a resposta das autoridades quenianas ao ataque?
- As forças de segurança quenianas responderam ao cerco, resultando na morte dos quatro atacantes no mesmo dia. Posteriormente, cinco homens foram presos em conexão com o ataque, e uma recompensa foi oferecida pela prisão de um suposto organizador principal.
- Como o ataque de Garissa se compara a outros atos terroristas no Quênia?
- O ataque ao Garissa University College foi o mais mortífero no Quênia desde os atentados às embaixadas dos EUA em 1998 e é o segundo mais mortífero no geral. Ele superou em número de vítimas ataques como os de Mombasa (2002), o shopping Westgate (2013), os atentados a ônibus de Nairóbi (2014), os de Gikomba (2014), Mpeketoni (2014) e Lamu (2014), destacando a crescente ameaça terrorista no país.