Rafael Correa, economista e político equatoriano, 54º presidente do Equador

Rafael Vicente Correa Delgado (pronúncia espanhola: [rafaˈel βiˈsente koˈre.a ðelˈɣaðo]; nascido em 6 de abril de 1963), conhecido como Rafael Correa, é um político e economista equatoriano que serviu como presidente do Equador de 2007 a 2017. O líder do PAIS Movimento político de aliança desde sua fundação até 2017, Correa é um socialista democrata e seu governo focado na implementação de políticas de esquerda. Internacionalmente, atuou como presidente pro tempore da UNASUL.

Nascido em uma família mestiça de classe média baixa em Guayaquil, Correa estudou economia na Universidade Católica de Santiago de Guayaquil, na Universidade de Louvain (UCLouvain) e na Universidade de Illinois, onde obteve seu doutorado. Retornando ao Equador, em 2005 ele se tornou o Ministro da Economia do presidente Alfredo Palacio, pressionando com sucesso o Congresso para aumentar os gastos em projetos de saúde e educação.

Correa ganhou a presidência nas eleições gerais de 2006 com uma plataforma criticando as elites políticas estabelecidas. Assumindo o cargo em janeiro de 2007, ele procurou se afastar do modelo econômico neoliberal do Equador, reduzindo a influência do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. Ele supervisionou a introdução de uma nova constituição, sendo reeleito em 2009 e novamente nas eleições gerais de 2013.

A presidência de Correa fez parte da maré rosa latino-americana, uma virada para governos de esquerda na região, aliando-se à Venezuela de Hugo Chávez e trazendo o Equador para a Aliança Bolivariana para as Américas em junho de 2009. Usando sua própria forma de socialismo do século 21, a presidência de Correa governo aumentou os gastos do governo, reduzindo a pobreza, aumentando o salário mínimo e aumentando o padrão de vida no Equador. No final do mandato de Correa, a dependência do petróleo, os gastos públicos, os terremotos de 2016 (mais de 650 mortes e danos estimados no equivalente a cerca de 3% do PIB) e a pressão internacional fizeram com que a economia do Equador entrasse em recessão, resultando em gastos governamentais sendo cortado. Entre 2006 e 2016, a pobreza diminuiu de 36,7% para 22,5% e o crescimento anual do PIB per capita foi de 1,5% (em comparação com 0,6% nas duas décadas anteriores). Ao mesmo tempo, as desigualdades, medidas pelo coeficiente de Gini, diminuíram de 0,55 para 0,47.

Em 3 de julho de 2018, um juiz no Equador ordenou um mandado de prisão contra Correa depois que ele não compareceu ao tribunal durante um julgamento sobre o sequestro de seu oponente político Fernando Balda. Correa, que na época morava na Bélgica, negou as acusações sobre o sequestro. Em julho de 2018, a Interpol rejeitou um mandado de prisão emitido pelo Equador e o chamou de "obviamente um assunto político". 2016. Ele foi condenado à revelia a 8 anos de prisão.