Maria Leopoldina da Áustria (n. 1797)

Dona Maria Leopoldina da Áustria (22 de janeiro de 1797 - 11 de dezembro de 1826) foi a primeira imperatriz do Brasil como esposa do imperador Dom Pedro I de 12 de outubro de 1822 até sua morte. Ela também foi rainha de Portugal durante o breve reinado de seu marido como rei Dom Pedro IV de 10 de março a 2 de maio de 1826.

Ela nasceu Caroline Josepha Leopoldine Franziska Ferdinanda de Habsburg-Lorraine, arquiduquesa da Áustria em Viena, Áustria, filha do Sacro Imperador Romano Francisco II, e sua segunda esposa, Maria Teresa de Nápoles e Sicília. Entre seus muitos irmãos estavam o imperador Fernando I da Áustria e Maria Luísa, duquesa de Parma, esposa de Napoleão Bonaparte.

A educação que Maria Leopoldina recebeu na infância e adolescência foi eclética e ampla, com nível cultural mais elevado e formação política mais consistente. Tal educação dos pequenos príncipes e princesas da família Habsburgo baseava-se na crença educacional iniciada por seu avô, o Sacro Imperador Romano Leopoldo II, que acreditava "que as crianças devem ser inspiradas desde cedo a ter altas qualidades, como humanidade, compaixão e o desejo de fazer as pessoas felizes". Com uma profunda fé cristã e uma sólida formação científica e cultural (que incluía política internacional e noções de governo), a arquiduquesa foi preparada desde cedo para ser uma consorte real adequada. que ela foi uma das principais articuladoras do processo de Independência do Brasil ocorrido em 1822. Seu biógrafo, o historiador Paulo Rezzutti, sustenta que foi em grande parte graças a ela que o Brasil se tornou uma nação. Segundo ele, a esposa de Dom Pedro "abraçou o Brasil como seu país, os brasileiros como seu povo e a Independência como sua causa". Foi também assessora de Dom Pedro em importantes decisões políticas que refletiam o futuro da nação, como o Dia do Fico e a posterior oposição e desobediência às cortes portuguesas quanto ao retorno do casal a Portugal. Consequentemente, por governar o país nas viagens de Dom Pedro pelas províncias brasileiras, ela é considerada a primeira mulher a se tornar chefe de Estado em um país americano independente.