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Eventos em 23 de agosto na história

Revolução do canto
1989ago, 23

Revolução do canto: Dois milhões de pessoas da Estônia, Letônia e Lituânia estão na estrada Vilnius-Tallinn, de mãos dadas.

A Revolução do Canto (conhecida como Laulev Revolutsioon na Estônia, Dziesmotā Revolūcija na Letônia, Dainuojanti Revoliucija na Lituânia e Поющая революция – Poyushchaya revolyutsiya na Rússia) é o termo evocativo que descreve a série de eventos notáveis e em grande parte não violentos que culminaram na restauração da independência dos estados bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia – do controlo da União Soviética. Este período crucial desenrolou-se nos últimos anos da Guerra Fria, marcando um capítulo singular na história da libertação nacional.

Para compreender a profundidade do desejo de independência, é fundamental recordar que estes três estados soberanos foram anexados pela União Soviética em 1940, na sequência do Pacto Molotov-Ribbentrop e de um ultimato. Durante quase cinco décadas, as suas culturas e identidades nacionais foram suprimidas sob o domínio soviético. No entanto, a chama da soberania nunca se apagou completamente, e a música e o canto popular desempenharam um papel vital na sua preservação e eventual renascimento.

A Origem do Termo e o Movimento

O termo "Revolução do Canto" foi cunhado por um proeminente ativista e artista estoniano, Heinz Valk. A sua perspicácia jornalística levou-o a publicar um artigo com esta designação uma semana após os dias 10 e 11 de junho de 1988. Naquelas noites memoráveis, o histórico Recinto do Festival da Canção de Tallinn (Tallinn Song Festival Grounds) testemunhou manifestações espontâneas de canto noturno em massa. Milhares de estonianos reuniram-se para cantar canções nacionais proibidas e hinos de liberdade, um ato de desafio pacífico que ressoou profundamente e galvanizou a nação.

Este evento específico em Tallinn não foi um incidente isolado, mas sim um momento culminante de um movimento mais amplo que se desenvolveu em todos os estados bálticos. Aproveitando a política de Glasnost (abertura) e Perestroika (reestruturação) de Mikhail Gorbachev, os cidadãos dos países bálticos começaram a expressar abertamente o seu descontentamento e o seu desejo de autodeterminação. Os festivais de canto, uma tradição cultural profundamente enraizada na região – alguns com mais de 150 anos – tornaram-se palcos poderosos para a expressão do nacionalismo e da resistência não violenta.

Eventos Chave e o Caminho para a Independência

A Revolução do Canto manifestou-se de várias formas, desde protestos culturais até cadeias humanas massivas. Um dos exemplos mais emblemáticos foi o "Caminho Báltico" (Baltic Way) em 23 de agosto de 1989, quando aproximadamente dois milhões de pessoas da Estônia, Letônia e Lituânia formaram uma cadeia humana contínua de 600 quilómetros, ligando as três capitais – Tallinn, Riga e Vilnius. Este ato impressionante e pacífico demonstrou ao mundo a solidariedade e a determinação dos povos bálticos em recuperar a sua soberania.

Apesar de alguns momentos de tensão e violência por parte das forças soviéticas, o espírito de resistência pacífica prevaleceu. A Lituânia foi a primeira a declarar formalmente a sua independência em 11 de março de 1990, seguida pela Letônia e Estônia em agosto de 1991, pouco antes da dissolução final da União Soviética. A Revolução do Canto é um testemunho notável do poder da resistência cívica e cultural.

Um Novo Capítulo na Europa

Após o restabelecimento da sua independência, os estados bálticos embarcaram numa jornada de reconstrução nacional e integração europeia. Em 2004, num marco significativo da sua reintegração na comunidade internacional e da solidificação dos seus valores democráticos, a Estônia, a Letônia e a Lituânia aderiram simultaneamente à União Europeia (UE) e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Esta dupla adesão não só reforçou a sua segurança e prosperidade económica, como também simbolizou o seu regresso definitivo à família das nações democráticas europeias, reafirmando a sua soberania e orientação ocidental.

Perguntas Frequentes (FAQs) sobre a Revolução do Canto

O que foi a Revolução do Canto?
A Revolução do Canto refere-se a uma série de eventos predominantemente não violentos que levaram à restauração da independência dos estados bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia – da União Soviética, no final da Guerra Fria.
Quais países estiveram envolvidos na Revolução do Canto?
Os países envolvidos foram a Estônia, a Letônia e a Lituânia.
Por que foi chamada de "Revolução do Canto"?
Foi chamada assim devido ao papel central que o canto, a música e os festivais de canção tiveram como formas de protesto pacífico e de expressão da identidade nacional contra a ocupação soviética. O termo foi cunhado após manifestações de canto em massa em Tallinn, Estônia.
Quando ocorreu a Revolução do Canto?
Ocorreu principalmente entre 1987 e 1991, nos últimos anos da Guerra Fria, com eventos cruciais como as manifestações de junho de 1988 em Tallinn e o Caminho Báltico em 1989.
Quem cunhou o termo "Revolução do Canto"?
O termo foi cunhado pelo ativista e artista estoniano Heinz Valk, num artigo publicado após as manifestações de canto de junho de 1988.
Qual foi o resultado final da Revolução do Canto?
O resultado final foi a restauração da independência da Estônia, Letônia e Lituânia da União Soviética. Posteriormente, em 2004, estes três países aderiram à União Europeia e à OTAN.

Referências

  • Revolução do canto
  • Estônia
  • Letônia
  • Lituânia
  • Vilnius
  • Tallinn
  • Caminho do Báltico

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