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Eventos em 1 de fevereiro na história

Guerras revolucionárias francesas
1793fev, 1

Guerras revolucionárias francesas: a França declara guerra ao Reino Unido e à Holanda.

As Guerras Revolucionárias Francesas, conhecidas em francês como Guerres de la Révolution française, representam um capítulo monumental e transformador na história europeia. Foram uma série de intensos e complexos conflitos militares que se estenderam por uma década crucial, de 1792 a 1802, emergindo diretamente da efervescência da Revolução Francesa. Esses confrontos não eram meramente disputas territoriais; eles encarnavam um choque ideológico fundamental entre a nascente República Francesa, impulsionada pelos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, e as antigas monarquias da Europa. A França viu-se em oposição a uma coalizão formidável que incluía potências como a Grã-Bretanha, Áustria, Prússia, Rússia e um rol de outras nações monárquicas, receosas da propagação dos ideais revolucionários. Para fins de estudo e compreensão, estes conflitos são tradicionalmente divididos em dois períodos distintos: a Guerra da Primeira Coalizão (1792-1797) e a Guerra da Segunda Coalizão (1798-1802). Embora seu epicentro fosse a Europa, a natureza expansionista e as ambições marítimas logo fizeram com que a luta se estendesse para além do continente, adquirindo gradualmente uma dimensão verdadeiramente global, com repercussões em colônias e rotas comerciais distantes. Ao final de uma década de guerra ininterrupta e uma diplomacia muitas vezes agressiva, a França consolidou ganhos territoriais significativos na Península Itálica, nos Países Baixos e na Renânia europeia. Contudo, em uma decisão estratégica que mudaria o curso da história norte-americana, a França também abandonou a vasta região da Louisiana. O êxito militar francês nestas guerras foi crucial, não apenas para a sobrevivência da Revolução, mas também para assegurar que os princípios revolucionários, como a soberania popular e a abolição dos privilégios, se espalhassem e ecoassem por grande parte da Europa, plantando as sementes para futuras transformações políticas e sociais.

Os Ventos da Revolução: Origens e os Primeiros Conflitos

Desde 1791, um ano antes do início formal dos confrontos, um clima de apreensão e indignação pairava sobre as cortes monárquicas da Europa. Os soberanos viam com desaprovação crescente os tumultos e as radicais transformações que varriam a França, e consideravam seriamente a possibilidade de intervenção. As motivações variavam: alguns buscavam restaurar a autoridade do rei Luís XVI, preso em um cerco cada vez mais apertado; outros almejavam conter a "contaminação" das ideias revolucionárias, que ameaçavam a ordem estabelecida em seus próprios reinos; e havia ainda aqueles que vislumbravam uma oportunidade de lucrar territorialmente com o caos que se instalava na França. A Áustria, em particular, demonstrou sua preocupação ao posicionar um número considerável de tropas ao longo de sua fronteira com a França. Em um ato de solidariedade monárquica e ameaça velada, o Imperador Leopoldo II da Áustria e o Rei Frederico Guilherme II da Prússia emitiram a célebre Declaração de Pillnitz em agosto de 1791. Este documento solene alertava sobre graves consequências caso a segurança do rei Luís XVI e da rainha Maria Antonieta fosse comprometida, um claro sinal de que as potências europeias não tolerariam a desestabilização da monarquia francesa. Diante da recusa austríaca em retirar suas tropas da fronteira e ceder à percebida ameaça francesa de uso da força, a França revolucionária, sentindo-se provocada e buscando consolidar sua nova identidade, declarou guerra à Áustria e à Prússia na primavera de 1792. Em resposta, ambos os países lançaram uma invasão coordenada que, inicialmente, causou alarme em Paris. Contudo, o ímpeto da invasão foi decisivamente revertido em setembro do mesmo ano na crucial Batalha de Valmy. Esta vitória não foi apenas um triunfo militar; foi um poderoso símbolo da capacidade de resistência da França revolucionária e, mais importante, serviu como um catalisador que encorajou a recém-formada Convenção Nacional a proclamar a abolição da monarquia e o estabelecimento da Primeira República Francesa. Uma fase inicial de sucessos notáveis pelos exércitos revolucionários, impulsionados pelo fervor patriótico e a levée en masse (mobilização em massa), chegou a um fim abrupto com a derrota francesa em Neerwinden na primavera de 1793. Os franceses enfrentaram reveses adicionais ao longo do restante do ano, marcando um período de grande instabilidade interna e externa. Esses tempos difíceis pavimentaram o caminho para a ascensão ao poder do radical grupo dos Jacobinos e a subsequente imposição do infame Reino do Terror, um regime brutal que buscava, através da repressão e da violência, unificar a nação e eliminar qualquer oposição à Revolução.

A Ascensão Francesa e o Gênio de Bonaparte

O ano de 1794 marcou uma virada dramática e positiva para a França revolucionária. Grandes vitórias, como a decisiva Batalha de Fleurus contra os austríacos e o sucesso na Montanha Negra contra os espanhóis, assinalaram o início de uma nova e mais promissora fase nos conflitos. O ímpeto francês continuou em 1795, quando as forças revolucionárias capturaram os estratégicos Países Baixos Austríacos e estabeleceram a República Batava na Holanda, transformando a antiga República Holandesa em um estado satélite. A França também demonstrou sua crescente hegemonia diplomática e militar ao forçar a Espanha e a Prússia a se retirarem da guerra através da Paz de Basileia, fragmentando a Primeira Coalizão. Contudo, o que realmente redefiniria o curso destas guerras e da história europeia foi a ascensão de um jovem e então relativamente desconhecido general: Napoleão Bonaparte. Em abril de 1796, Napoleão iniciou sua espetacular primeira campanha na Itália. Com uma mistura de audácia tática, velocidade e brilhantismo estratégico, os exércitos franceses sob seu comando, em menos de um ano, dizimaram as experientes forças dos Habsburgos. Ele as expulsou da península italiana, conquistando vitórias em quase todas as batalhas travadas, um feito que incluiu a captura de impressionantes 150.000 prisioneiros. A campanha italiana de Napoleão é um estudo de caso em guerra de movimento e manobra, solidificando sua reputação como um dos maiores comandantes da história. Com as tropas francesas avançando implacavelmente em direção a Viena, a capital austríaca, os Habsburgos não tiveram outra alternativa senão pedir a paz. Isso culminou na assinatura do Tratado de Campo Formio em 1797, um acordo que encerrou formalmente a Guerra da Primeira Coalizão contra a República Francesa, confirmando as extensas conquistas francesas e remodelando o mapa da Itália e da Europa Central.

A Guerra da Segunda Coalizão: O Palco Global

A paz efêmera que se seguiu ao Tratado de Campo Formio foi rompida em 1798 com o início da Guerra da Segunda Coalizão. Esta nova fase de conflito teve um início inusitado e ambicioso: a invasão francesa do Egito, uma expedição audaciosa liderada pelo já lendário Napoleão Bonaparte. O objetivo era, em parte, minar o poder britânico na Índia, controlando as rotas comerciais. As potências aliadas da Europa – vendo a França focada em seus esforços distantes no Oriente Médio e percebendo uma oportunidade – aproveitaram para tentar recuperar os territórios perdidos e reverter as concessões feitas durante a Primeira Coalizão. Inicialmente, a sorte da guerra sorriu para os Aliados no teatro europeu. Eles conseguiram gradualmente expulsar as forças francesas da Península Itálica e avançar para a Suíça, acumulando vitórias significativas em batalhas como Magnano, Cassano e Novi, restaurando temporariamente o status quo ante em algumas regiões. Contudo, este ímpeto aliado foi em grande parte desfeito pela decisiva vitória francesa na Batalha de Zurique em setembro de 1799. Esta derrota teve repercussões graves para a Coalizão, levando a Rússia, uma peça-chave na aliança, a retirar-se do conflito, enfraquecendo significativamente a frente anti-francesa. Enquanto isso, no Egito, as forças de Napoleão demonstraram sua superioridade tática ao aniquilar uma série de exércitos egípcios e otomanos em batalhas icônicas como a das Pirâmides, Monte Tabor e Abukir (terrestre). Essas vitórias no Egito, embora tivessem um impacto estratégico limitado a longo prazo para a campanha, foram habilmente exploradas pela propaganda e elevaram ainda mais a popularidade e o prestígio de Napoleão na França. Ele retornou triunfante à pátria no outono de 1799, aproveitando-se de sua imagem de herói invencível, apesar do fato de a campanha egípcia, em última análise, ter terminado em um fracasso estratégico para a França, com suas tropas isoladas. Paralelamente, no front marítimo, a Marinha Real Britânica, sob o comando do Almirante Horatio Nelson, havia infligido uma derrota devastadora à frota francesa na Batalha do Nilo em 1798. Este triunfo naval britânico solidificou ainda mais o controle da Grã-Bretanha sobre o Mediterrâneo e, crucialmente, enfraqueceu de forma considerável a já debilitada Marinha Francesa, limitando suas projeções de poder naval por anos vindouros.

O Consolado e o Fim das Guerras Revolucionárias

O retorno de Napoleão do Egito em 1799 desencadeou uma série de eventos políticos que culminaram na queda do enfraquecido Diretório e no famoso Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799). Com o apoio de figuras políticas influentes e a força de sua própria popularidade, Napoleão instalou-se como Primeiro Cônsul da França, concentrando em suas mãos um poder considerável e efetivamente pondo fim à fase revolucionária mais turbulenta da França. Com uma nova liderança forte e carismática, Napoleão dedicou-se a reorganizar o exército francês, que havia sofrido reveses, e a restaurar o moral das tropas. Na primavera de 1800, ele lançou um novo e audacioso ataque contra os austríacos na Itália. Esta campanha resultou em uma vitória francesa decisiva na Batalha de Marengo, em junho de 1800, um confronto que novamente expulsou os austríacos da península italiana e restabeleceu a hegemonia francesa na região. Pouco depois, outro triunfo esmagador das forças francesas na Batalha de Hohenlinden, na Baviera, em dezembro de 1800, forçou a Áustria a buscar a paz pela segunda vez em poucos anos. Isso levou à assinatura do Tratado de Lunéville em 1801, um acordo que reiterou muitas das cláusulas de Campo Formio e consolidou as fronteiras e influência francesas. Com a Áustria e a Rússia fora da guerra e a França consolidando suas conquistas, a Grã-Bretanha se viu cada vez mais isolada no cenário europeu, enfrentando sozinha o poder ascendente de Napoleão. Consequentemente, em 1802, os britânicos concordaram em assinar o Tratado de Amiens com o governo de Napoleão, um marco que formalmente concluiu as Guerras Revolucionárias Francesas, trazendo um breve e muito aguardado período de paz ao continente. No entanto, esta paz provou ser frágil e ilusória. As tensões subjacentes, as ambições territoriais e as rivalidades ideológicas eram profundas demais para serem contidas por muito tempo. Menos de um ano depois, em 1803, com a formação da Terceira Coalizão e a renovação dos conflitos, as hostilidades recomeçaram, inaugurando as Guerras Napoleônicas. Estas seriam uma continuação direta e ainda mais grandiosa da série de Guerras de Coalizão, cimentando o legado de Napoleão e redefinindo a Europa por décadas.

Perguntas Frequentes sobre as Guerras Revolucionárias Francesas

O que foram as Guerras Revolucionárias Francesas?
Foram uma série de grandes conflitos militares que ocorreram entre 1792 e 1802, iniciados pela França revolucionária contra as monarquias europeias que se opunham aos seus ideais e ambições. Representaram um choque ideológico e militar sem precedentes.
Quando aconteceram?
Duraram de 1792 a 1802, abrangendo um período de dez anos de intensos conflitos.
Quem foram os principais países envolvidos?
A França, em seus diversos regimes revolucionários (Monarquia Constitucional, Primeira República e Consulado), contra uma série de Coalizões que incluíam potências como Grã-Bretanha, Áustria, Prússia, Rússia, Espanha, Holanda e diversos outros estados menores.
Quais foram as principais causas destas guerras?
As causas foram multifacetadas: o medo das monarquias europeias da propagação dos ideais revolucionários franceses, que ameaçavam suas próprias estruturas absolutistas; o desejo da França de proteger sua revolução e expandir suas fronteiras e influência; e a busca por poder e território por parte de todas as nações envolvidas.
Como Napoleão Bonaparte se envolveu nas Guerras Revolucionárias?
Napoleão ascendeu rapidamente nas fileiras militares francesas durante as guerras, destacando-se por seu brilhantismo estratégico e tático na Campanha da Itália (1796-1797) durante a Primeira Coalizão e, posteriormente, na Campanha do Egito (1798-1799) e nas campanhas que encerraram a Segunda Coalizão, como Marengo (1800). Sua ascensão culminou no Golpe de 18 de Brumário, quando se tornou Primeiro Cônsul.
Quais foram os principais resultados e consequências?
A França conquistou vastos territórios na Europa (Itália, Países Baixos, Renânia), consolidou a República (e depois o Consulado), e garantiu a disseminação de princípios revolucionários. As guerras também levaram ao enfraquecimento de antigas monarquias, a mudanças significativas no mapa da Europa e prepararam o cenário para as subsequentes Guerras Napoleônicas.
Qual a diferença entre as Guerras Revolucionárias Francesas e as Guerras Napoleônicas?
As Guerras Revolucionárias (1792-1802) foram as primeiras campanhas da França revolucionária, enquanto as Guerras Napoleônicas (1803-1815) são consideradas uma continuação, mas sob a liderança já estabelecida e imperial de Napoleão Bonaparte. Embora haja uma continuidade, a fase napoleônica é caracterizada pela busca da hegemonia francesa sob um império, e não mais pela defesa e exportação de uma revolução republicana.

Referências

  • Guerras revolucionárias francesas

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Eventos em 1793

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