Trava-se a Batalha da Asseiceira, último e decisivo confronto das Guerras Liberais em Portugal.

A Batalha da Asseiceira, travada em 16 de maio de 1834, foi o último e decisivo confronto da Guerra Civil Portuguesa, ou "Guerra dos Dois Irmãos", entre Dom Pedro, ex-imperador do Brasil (lutando para restituir sua filha Dona Maria da Glória como legítima Rainha de Portugal) e o usurpador Dom Miguel. As forças rebeldes de Dom Miguel foram derrotadas.

O exército de D. Miguel, sob o comando do general Guedes, recuava para leste antes do avanço das forças de D. Pedro, e acampara-se numa posição forte nos Altos da Asseiceira, sistema de montes e vales a cerca de quatro milhas de Tomar. O próprio Miguel estava em Santarém e não se envolveu na batalha que se seguiu. O general de Pedro, o duque da Terceira, avançou de Tomar na manhã do dia 16 e atacou a sua posição em três colunas comandadas pelos coronéis Queirós, Nepomuceno e Vasconcelos.

As forças miguelitas tentaram repeli-los com bombardeios de artilharia e cargas de cavalaria, mas as forças leais persistiram em seus ataques e, eventualmente, uma carga de sua própria cavalaria carregou as alturas. Muitos dos inimigos foram mortos ou feridos, suas armas capturadas e cerca de 1.400 homens feitos prisioneiros. Os restantes fugiram para a Golegã, que foi ocupada pela Terceira no dia seguinte. Dom Pedro (já doente com a doença que o mataria logo após a sua vitória final) chegou lá no dia 18 do Cartaxo. Miguel reuniu suas forças em Évora, mas seus oficiais não estavam dispostos a arriscar uma batalha final após quase dois anos de guerra, e ele foi induzido a buscar termos de capitulação. A guerra acabaria finalmente dez dias depois com a assinatura da Concessão de Evoramonte, onde Dom Miguel se rendeu e abandonou a sua reivindicação ao trono português, sendo também banido do reino.