William de Warenne, 5º Conde de Surrey (n. 1166)
William de Warenne, o Quinto Conde de Surrey, foi uma figura notável da nobreza inglesa que viveu um período de significativas transformações na Inglaterra medieval. Nascido em algum momento entre os anos de 1160 e 1170, ele testemunhou e participou dos eventos que moldaram o início do século XIII, vindo a falecer em 27 de maio de 1240.
Sua linhagem era de grande interesse e importância. William era filho de Hamelin de Warenne e de Isabel, esta última sendo a filha de William de Warenne, o Terceiro Conde de Surrey. Essa filiação é fundamental para compreender a complexidade das sucessões e alianças da época. Hamelin de Warenne, seu pai, possuía uma conexão direta com a realeza, sendo ele o meio-irmão ilegítimo do Rei Henrique II da Inglaterra. Sua ascensão ao título de Conde de Surrey não se deu por herança paterna direta da linhagem Warenne, mas sim pelo seu casamento com Isabel, que era a única herdeira das vastas terras e do prestígio do condado. Assim, Hamelin tornou-se Conde de Surrey jure uxoris, ou seja, por direito de sua esposa, garantindo que o nome e a influência da família Warenne permanecessem proeminentes através desta união estratégica.
Desde cedo, William de Warenne foi preparado para suas futuras responsabilidades. Um exemplo disso é a concessão da mansão de Appleby, localizada em North Lincolnshire, feita por seu pai Hamelin. No contexto feudal da Inglaterra medieval, a posse de uma mansão como Appleby não era meramente a propriedade de uma residência; representava o controle sobre uma unidade administrativa e econômica crucial. Incluía terras aráveis, pastagens, florestas, moinhos e, fundamentalmente, os camponeses que trabalhavam essa terra, gerando rendas e recursos. Essa concessão simbolizava o estabelecimento da independência e da base de poder de William, preparando-o para seu eventual papel como um dos principais magnatas do reino.
A Linhagem de Warenne e o Condado de Surrey
A família Warenne era uma das mais antigas e respeitadas da nobreza anglo-normanda, com origens que remontam à Conquista Normanda de 1066. O Condado de Surrey, embora não fosse um dos maiores em extensão territorial, era estratégico devido à sua proximidade com Londres e sua importância econômica. Os Condes de Surrey detinham uma considerável influência política e militar, desempenhando frequentemente papéis vitais nos assuntos do reino. William de Warenne, como o 5º Conde, era um dos pilares da sociedade feudal, com deveres que incluíam aconselhar o rei, fornecer homens para o exército real e administrar a justiça em suas terras.
FAQs sobre William de Warenne, 5º Conde de Surrey
- Quem foi William de Warenne, 5º Conde de Surrey?
- William de Warenne foi um nobre inglês nascido entre 1160 e 1170 e falecido em 27 de maio de 1240. Ele herdou e administrou o prestigioso Condado de Surrey, sendo uma figura influente na Inglaterra do início do século XIII.
- Qual a importância de sua linhagem familiar?
- Sua linhagem é complexa e importante: ele era filho de Hamelin de Warenne, meio-irmão ilegítimo do Rei Henrique II, e de Isabel, que era a herdeira direta do 3º Conde de Surrey. Isso significou que o título e as terras de Surrey foram mantidos na família Warenne através da linha feminina, com Hamelin governando jure uxoris.
- O que representava a concessão da mansão de Appleby?
- A concessão da mansão de Appleby, em North Lincolnshire, por seu pai, Hamelin, não era apenas um presente, mas uma medida prática para estabelecer William financeiramente e como um senhor de terras. Uma mansão era uma unidade econômica e administrativa vital no sistema feudal, fornecendo rendimentos, recursos e autoridade sobre os habitantes.
- Quais eram as responsabilidades de um Conde de Surrey na época?
- Um Conde de Surrey, como um dos grandes magnatas do reino, tinha responsabilidades significativas que incluíam prestar aconselhamento ao monarca, fornecer contingentes militares em tempos de guerra, administrar a justiça em suas propriedades, e manter a ordem e a prosperidade em suas terras. Eles eram figuras-chave na estrutura de poder da Inglaterra medieval.