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  5. Muro de Berlim

Eventos em 13 de agosto na história

Muro de Berlim
1961ago, 13

A Alemanha Oriental fecha a fronteira entre os setores leste e oeste de Berlim para frustrar as tentativas de seus habitantes de fugir para o oeste, e a construção do Muro de Berlim é iniciada.[2]

A Alemanha Oriental, um estado com uma história complexa e repleta de simbolismo na era da Guerra Fria, foi oficialmente conhecida como República Democrática Alemã (RDA). Em alemão, seu nome era Deutsche Demokratische Republik (DDR), pronunciado [ˈdɔʏtʃə demoˈkʁaːtɪʃə ʁepuˈbliːk]. Este estado existiu por pouco mais de quatro décadas, de 1949 a 1990, e foi um dos pilares do Bloco Oriental, sob forte influência soviética.

Após o fim devastador da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida em zonas de ocupação pelas potências Aliadas. O território que viria a ser a Alemanha Oriental foi administrado e ocupado pelas forças soviéticas, conforme as disposições do Acordo de Potsdam, tendo sua fronteira leste delimitada pela linha Oder-Neisse. Esta zona soviética envolvia, mas não incluía, Berlim Ocidental, que, por sua vez, permaneceu fora da jurisdição da RDA, tornando-se um enclave ocidental no coração do território oriental.

O Nascimento de um Estado Socialista

A República Democrática Alemã nasceu na zona soviética, em contraste direto com a República Federal da Alemanha (comumente chamada de Alemanha Ocidental), que foi estabelecida nas três zonas ocidentais (americana, britânica e francesa). Como um estado satélite da União Soviética, a RDA começou a tomar forma à medida que as autoridades de ocupação soviéticas, a partir de 1948, iniciavam a transferência de responsabilidades administrativas para líderes comunistas alemães. Oficialmente, a RDA iniciou suas operações como estado em 7 de outubro de 1949, embora a presença militar soviética permanecesse uma constante em seu território ao longo de toda a Guerra Fria.

Até o ano de 1989, a RDA era governada pelo Partido Socialista Unificado da Alemanha (SED), uma força política hegemônica que moldava todos os aspectos da vida no país. Embora outros partidos existissem nominalmente e participassem da organização de aliança conhecida como Frente Nacional da República Democrática Alemã, o SED detinha o poder real. Sua ideologia era profundamente enraizada no marxismo-leninismo, cujo ensino era obrigatório nas escolas, juntamente com a língua russa, como forma de solidificar a aliança com a União Soviética e a visão de mundo socialista.

Economia e Sociedade na Alemanha Oriental

A economia da Alemanha Oriental era caracterizada por um planejamento centralizado e pela propriedade estatal. Nela, os preços de moradias, bens essenciais e serviços básicos eram fortemente subsidiados e fixados pelos planejadores governamentais, não sendo influenciados pela dinâmica de oferta e demanda. Apesar de ter enfrentado o ônus de pagar substanciais reparações de guerra aos soviéticos, a RDA conseguiu desenvolver-se, tornando-se notavelmente a economia mais bem-sucedida do Bloco Oriental. Contudo, essa prosperidade relativa não resolveu um dos problemas mais persistentes e sangrentos do estado: a emigração.

A fuga de cidadãos para o Ocidente representava um desafio significativo, especialmente porque muitos dos que emigravam eram jovens e bem-educados, o que enfraquecia economicamente o país. Para conter essa hemorragia de talentos e mão de obra, o governo fortificou sua fronteira interna com a Alemanha Ocidental e, em 1961, ergueu o infame Muro de Berlim. As tentativas de fuga eram perigosas e frequentemente mortais, com muitos indivíduos sendo abatidos por guardas de fronteira ou vítimas de armadilhas, como minas terrestres. Aqueles que eram capturados enfrentavam longos períodos de prisão por tentarem escapar.

Num contexto mais amplo, a questão do rearmamento na Alemanha foi um tema central da Guerra Fria. Em 1951, a Frente Nacional da Alemanha Democrática organizou um plebiscito que, de forma esmagadora (com resultados oficiais indicando mais de 95% de apoio), manifestou-se a favor de um tratado de paz e da desmilitarização da Alemanha, refletindo a postura oficial da RDA contra o rearmamento, especialmente no Ocidente. No entanto, ambos os lados da Alemanha desenvolveriam suas próprias forças armadas no contexto da escalada da Guerra Fria.

O Muro de Berlim: Símbolo da Divisão

O Muro de Berlim, conhecido em alemão como Berliner Mauer, foi uma barreira de concreto fortemente guardada que dividiu física e ideologicamente a cidade de Berlim de 1961 a 1989. Ele não só separava Berlim Ocidental de Berlim Oriental, mas também cercava e isolava completamente Berlim Ocidental do território circundante da Alemanha Oriental. Sua construção foi iniciada pela República Democrática Alemã em 13 de agosto de 1961, um ato que chocou o mundo e solidificou a divisão alemã.

A estrutura do Muro era complexa e intimidadora, incluindo imponentes paredes de concreto, torres de guarda estrategicamente posicionadas e uma ampla área conhecida como "faixa da morte". Esta faixa continha uma série de obstáculos e armadilhas, como trincheiras anti-veículo, leitos de pregos e outras defesas destinadas a impedir qualquer tentativa de travessia. O Bloco Oriental justificava a construção do Muro como uma medida para proteger sua população de "elementos fascistas" que, segundo a narrativa oficial, conspiravam para impedir a "vontade do povo" de construir um estado socialista na Alemanha Oriental. As autoridades da RDA se referiam oficialmente ao Muro de Berlim como o Muro de Proteção Antifascista (Antifaschistischer Schutzwall).

Do outro lado, o governo da cidade de Berlim Ocidental e seus aliados ocidentais o chamavam de "Muro da Vergonha", um termo popularizado pelo então prefeito de Berlim Ocidental, Willy Brandt, em referência à sua brutal restrição à liberdade de movimento. Juntamente com a fronteira interna alemã (IGB), uma linha de demarcação terrestre separada e muito mais extensa entre as duas Alemanhas, o Muro de Berlim passou a simbolizar fisicamente a "Cortina de Ferro", a barreira ideológica e física que dividiu a Europa Ocidental do Bloco Oriental durante a Guerra Fria.

Vidas Divididas e Tentativas de Fuga

Antes da construção do Muro, cerca de 3,5 milhões de alemães orientais contornaram as restrições de emigração do Bloco Oriental, desertando da RDA, muitos deles atravessando a fronteira de Berlim Oriental para Berlim Ocidental. De lá, podiam viajar livremente para a Alemanha Ocidental e para outros países da Europa Ocidental. Entre 1961 e 1989, o Muro conseguiu impedir quase toda essa emigração em massa. Durante esse período, mais de 100.000 pessoas tentaram a fuga, com mais de 5.000 conseguindo transpor o Muro. No entanto, o custo humano foi trágico, com um número estimado de mortos variando de 136 a mais de 200 dentro e ao redor de Berlim, em tentativas desesperadas de alcançar a liberdade.

A Queda do Muro e a Reunificação

O ano de 1989 marcou o início de uma série de revoluções pacíficas em países vizinhos do Bloco Oriental, como Polônia e Hungria, desencadeando uma reação em cadeia que alcançou a Alemanha Oriental. Eventos como o Piquenique Pan-Europeu, em agosto de 1989, contribuíram para um desenvolvimento pacífico que viu a "Cortina de Ferro" começar a ceder, os regimes do Leste sob crescente pressão e, finalmente, o colapso gradual do Bloco Oriental. Na Alemanha Oriental, uma onda crescente de agitação civil, com protestos massivos começando na cidade de Leipzig, levou a um ponto de virada.

Em 9 de novembro de 1989, o governo da Alemanha Oriental, cedendo à pressão popular e a uma onda de descontentamento, anunciou que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental e Berlim Ocidental. Este anúncio histórico foi recebido com incredulidade e, em seguida, com euforia. Multidões de alemães orientais cruzaram e escalaram o Muro, sendo saudados por alemães ocidentais do outro lado em uma atmosfera de celebração inesquecível. Nas semanas seguintes, caçadores de souvenirs, os chamados "Mauerspechte" (picapau do muro), destruíram pedaços do Muro. Em 22 de dezembro de 1989, o Portão de Brandemburgo, que se encontrava a poucos metros do Muro de Berlim, foi oficialmente reaberto.

A demolição formal do Muro de Berlim começou em 13 de junho de 1990 e foi concluída em 1994. A "queda do Muro de Berlim" abriu caminho para a reunificação alemã, um processo que se formalizou em 3 de outubro de 1990. Os antigos estados da Alemanha Oriental foram então incorporados à República Federal da Alemanha, marcando o fim de uma era. No rescaldo da reunificação, vários líderes da RDA, incluindo seu último líder comunista, Egon Krenz, foram processados pela República Federal por crimes cometidos durante a Guerra Fria, em um esforço para lidar com o legado do regime.

Geografia da Alemanha Oriental

Geograficamente, a República Democrática Alemã era um país estrategicamente localizado na Europa Central. Fazia fronteira com o Mar Báltico ao norte, a Polônia ao leste e a Tchecoslováquia ao sudeste. Ao sudoeste e oeste, limitava-se com a Alemanha Ocidental. Internamente, a RDA também fazia fronteira com o setor soviético da Berlim ocupada pelos Aliados, que era conhecida como Berlim Oriental e servia como capital de facto do estado. Além disso, rodeava os três setores ocupados pelos Estados Unidos, Reino Unido e França, que juntos formavam Berlim Ocidental. Esses três setores, ocupados pelas nações ocidentais, estiveram isolados da RDA pelo Muro de Berlim desde sua construção em 1961 até sua derrubada em 1989, criando uma geografia política única e tensa.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre a Alemanha Oriental e o Muro de Berlim

Quando a Alemanha Oriental foi fundada e quando deixou de existir?
A Alemanha Oriental, ou República Democrática Alemã (RDA), foi fundada em 7 de outubro de 1949 e deixou de existir em 3 de outubro de 1990, quando se reunificou com a Alemanha Ocidental.
Qual era o nome oficial da Alemanha Oriental e como era conhecida em alemão?
O nome oficial era República Democrática Alemã (RDA). Em alemão, era conhecida como Deutsche Demokratische Republik (DDR).
Qual foi o papel da União Soviética na criação da Alemanha Oriental?
A Alemanha Oriental foi estabelecida na zona de ocupação soviética após a Segunda Guerra Mundial e operava como um estado satélite da União Soviética, que transferiu responsabilidades administrativas para líderes comunistas alemães.
Quem governava a Alemanha Oriental durante a maior parte de sua existência?
Até 1989, a Alemanha Oriental era governada pelo Partido Socialista Unificado da Alemanha (SED), o partido comunista hegemônico do país.
Como era a economia da Alemanha Oriental?
A economia era centralmente planejada e estatal, com preços de bens e serviços básicos fortemente subsidiados e fixados pelo governo. Apesar de pagar reparações de guerra, tornou-se a economia mais bem-sucedida do Bloco Oriental.
Por que o Muro de Berlim foi construído?
O Muro de Berlim foi construído em 13 de agosto de 1961 pela Alemanha Oriental para conter a crescente emigração de seus cidadãos para o Ocidente, especialmente de jovens e pessoas qualificadas, que enfraqueciam o estado economicamente.
Quando o Muro de Berlim caiu?
O Muro de Berlim abriu suas passagens em 9 de novembro de 1989, em resposta a crescentes protestos populares e à pressão do governo. A demolição formal começou em 13 de junho de 1990.
Qual era o nome oficial do Muro de Berlim na Alemanha Oriental?
As autoridades da RDA referiam-se ao Muro de Berlim como o "Muro de Proteção Antifascista" (Antifaschistischer Schutzwall).
Quantas pessoas tentaram escapar e quantas morreram no Muro de Berlim?
Mais de 100.000 pessoas tentaram escapar pelo Muro, com mais de 5.000 conseguindo. O número estimado de mortos varia de 136 a mais de 200, dentro e ao redor de Berlim, em tentativas de fuga.
O que aconteceu com os líderes da Alemanha Oriental após a reunificação?
Vários líderes da RDA, incluindo seu último líder comunista, Egon Krenz, foram processados pela República Federal da Alemanha após a reunificação por crimes cometidos durante a Guerra Fria.

Referências

  • Alemanha Oriental
  • mundo ocidental
  • Muro de Berlim

Escolha Outra Data

Eventos em 1961

  • 8jan

    Charles de Gaulle

    Na França, um referendo apoia as políticas de Charles de Gaulle na Argélia.
  • 16abr

    Fidel Castro

    Em um discurso transmitido nacionalmente, o líder cubano Fidel Castro se declara marxista-leninista e que Cuba vai adotar o comunismo.
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    Fidel Castro

    O primeiro-ministro de Cuba, Fidel Castro, proclama Cuba uma nação socialista e abole as eleições.
  • 25jul

    OTAN

    Em um discurso, John F. Kennedy enfatiza que qualquer ataque a Berlim é um ataque à OTAN.
  • 10ago

    Agente laranja

    Primeiro uso na Guerra do Vietnã do Agente Laranja pelo Exército dos EUA.

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