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Mortes em 17 de fevereiro

Mohamed Hassanein Heikal
2016fev, 17

Mohamed Hassanein Heikal

Mohamed Hassanein Heikal, jornalista egípcio (n. 1923)

Mohamed Hassanein Heikal (em árabe: محمد حسنين هيكل; nascido em 23 de setembro de 1923 e falecido em 17 de fevereiro de 2016) foi uma das mais proeminentes e influentes vozes no jornalismo e na política do mundo árabe. Este jornalista egípcio não foi apenas um observador, mas um participante ativo e articulador de algumas das maiores transformações do Oriente Médio no século XX. Sua carreira abrangeu décadas, testemunhando e moldando eventos cruciais, desde os dias da Segunda Guerra Mundial até o alvorecer do novo milênio, deixando um legado indelével como cronista e analista de seu tempo.

Os Anos de Ouro em Al-Ahram

Por um período notável de 17 anos, entre 1957 e 1974, Heikal assumiu o posto de editor-chefe do respeitado jornal Al-Ahram do Cairo. Sob sua liderança visionária, Al-Ahram não era apenas um jornal; tornou-se um arauto da opinião pública e uma plataforma intelectual de influência sem precedentes, não só no Egito mas em todo o mundo árabe. Heikal transformou a publicação em uma instituição formadora de opinião, capaz de articular complexas questões políticas, sociais e culturais, moldando o discurso público em uma era de fervor nacionalista e pan-arabismo. Além de seu papel editorial, ele manteve-se como um comentarista incisivo e profundo de assuntos árabes por mais de meio século, consolidando sua reputação como um dos mais respeitados analistas da região.

A Proximidade com Gamal Abdel Nasser e o Pan-Arabismo

A relação de Heikal com o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser foi um capítulo central e definidor de sua vida. Desde os primeiros anos da ascensão de Nasser ao poder, Heikal não apenas acompanhou de perto, mas ativamente articulou os pensamentos e a visão do líder egípcio. Ele funcionou como um confidente e ghostwriter, traduzindo as ideias e aspirações de Nasser em textos poderosos que ressoaram por todo o mundo árabe. Heikal tornou-se, assim, um embaixador da ideologia do pan-arabismo, o movimento que defendia a união política e cultural de todas as nações árabes, um pilar fundamental da política externa de Nasser. Essa parceria intelectual e política foi crucial para a disseminação da mensagem de Nasser e para a compreensão de suas políticas na arena internacional.

Engajamento Político e a Ruptura com Anwar Sadat

O envolvimento de Heikal na política egípcia não se limitou à imprensa. Ele foi um membro influente do Comitê Central da União Socialista Árabe, o único partido político permitido no Egito durante a era Nasser. Em 1970, sua estatura e influência foram formalmente reconhecidas com sua nomeação como Ministro da Informação. No entanto, a transição política após a morte de Nasser trouxe novas dinâmicas. Em 1974, Heikal tomou a difícil decisão de renunciar ao governo devido a divergências significativas com o então presidente Anwar Sadat. As divergências centraram-se, em grande parte, na reorientação da política externa egípcia, com Sadat a afastar-se da linha pan-arabista de Nasser e a aproximar-se do Ocidente, culminando nos acordos de paz com Israel, que Heikal via com grande ceticismo e desaprovação.

O "Velho Guerreiro" e Suas Reflexões

Em um momento de autoanálise e transição, Mohamed Hassanein Heikal publicou um artigo memorável no qual declarava que havia chegado a hora para um "velho guerreiro" largar a pena e observar os acontecimentos à margem. Longe de ser um adeus à esfera pública, essa declaração marcava uma mudança de papel: de participante ativo para observador detalhado e analista. No artigo, Heikal abriu seu coração e seus arquivos, relatando muitos dos eventos que moldaram sua vida e experiência. Ele revisitou momentos cruciais como sua primeira missão como repórter cobrindo a Segunda Batalha de El Alamein em 1942, sua profunda amizade com Nasser e sua complexa relação com Sadat. Em um gesto de notável transparência, ele também divulgou seus registros financeiros, detalhando os salários que havia recebido em todos os seus empregos e cargos ao longo da carreira, oferecendo uma visão sem precedentes de sua vida pública e privada.

Os Últimos Anos: Crítica a Mubarak

Mesmo nos seus anos mais avançados, Heikal não se furtou a comentar a situação política de seu país. Em 2007, durante uma audiência com o renomado jornalista britânico Robert Fisk, Heikal expressou uma crítica contundente ao então presidente egípcio Hosni Mubarak, afirmando que Mubarak vivia em um "mundo de fantasia" em Sharm al Sheikh, uma referência à luxuosa cidade balneária frequentemente associada à elite e ao isolamento do poder. Essas observações, vindas de uma figura com o prestígio e a história de Heikal, provocaram um alvoroço considerável na sociedade egípcia, gerando tanto apoio fervoroso quanto forte oposição. Inicialmente, Heikal optou por não comentar a controvérsia, mas mais tarde, em uma entrevista à Al Jazeera, ele reafirmou sua posição, adicionando que Mubarak só havia entrado na vida política em uma fase muito tardia, o que, em sua opinião, o deixava sem a experiência fundamental necessária para liderar efetivamente o país.

Perguntas Frequentes (FAQs)

Quem foi Mohamed Hassanein Heikal?
Mohamed Hassanein Heikal foi um jornalista egípcio altamente influente, editor-chefe de Al-Ahram por 17 anos e um comentarista de assuntos árabes por mais de cinco décadas. Ele é amplamente considerado uma das vozes mais importantes e respeitadas do jornalismo árabe do século XX, conhecido por sua proximidade com Gamal Abdel Nasser e sua análise incisiva da política regional.
Qual foi o papel de Heikal com Gamal Abdel Nasser?
Heikal foi um confidente e ghostwriter do presidente Gamal Abdel Nasser, ajudando a articular e disseminar a visão e as políticas de Nasser. Ele foi fundamental na promoção da ideologia do pan-arabismo e serviu como um canal importante para as ideias de Nasser, tanto internamente quanto no cenário internacional.
Por que Heikal renunciou ao governo de Anwar Sadat?
Heikal renunciou ao governo em 1974 devido a sérias divergências com o presidente Anwar Sadat. Essas divergências eram principalmente sobre a mudança de direção política do Egito, com Sadat a afastar-se do pan-arabismo e das políticas de Nasser em favor de uma aproximação com o Ocidente e a busca pela paz com Israel, algo que Heikal criticava veementemente.
O que foi o artigo do "velho guerreiro"?
O artigo do "velho guerreiro" foi uma declaração pública de Heikal, na qual ele anunciou sua intenção de se afastar da escrita ativa para se tornar um observador mais detalhado da política e da sociedade. No artigo, ele também compartilhou eventos marcantes de sua vida, suas relações com líderes como Nasser e Sadat, e até seus registros financeiros, em um ato de transparência e reflexão pessoal.
Qual foi a crítica de Heikal a Hosni Mubarak?
Em 2007, Heikal criticou publicamente o presidente egípcio Hosni Mubarak, afirmando que ele vivia em um "mundo de fantasia" em Sharm al Sheikh e que carecia da experiência política necessária por ter entrado na política muito tarde. Essa crítica gerou um grande debate na sociedade egípcia e foi um dos últimos grandes pronunciamentos políticos de Heikal.

Referências

  • Mohamed Hassanein Heikal

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